terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Não acredite em tudo o que eu falo

Queria iniciar este blog com esse estranho post. Esta frase muitas vezes foi alvo de críticas dentro da minha comunidade (criticas carinhosas, construtivas)talvez por minha culpa, por não ter dimensionado o que eu quis dizer.

Já fiz faculdade e hoje faço pós-graduação. Também estou cursando o Mater Ecllesiae (ou como alguns dizem Matérieclese). Amo estudar e pesquisar, e não dou aos meus professores o direito de me pegar pela mão e limitar meu caminho.

Mudei meu conceito ensinar e aprender no primeiro período da faculdade, nas aulas de filosofia, enquanto o professor (não lembro o nome de cabeça) dizia da diferença entre aprender e apreender ... quanta diferença em uma simples letrinha.

Penso firmemente que os professores deveriam mostrar o mundo, e mostrando dizer sua opinião, sem medo de perderem seus alunos em outros caminhos. Aprender a pensar é a palavra de ordem.

A faculdade me fez este bem. Mudou minha pedagogia. Quando pretendo passar algo insisto implicitamente nesta formula: “tenha senso crítico”.

Se isso significar ter opinião única ou diferente, perfeito. Claro que vale o conteúdo das afirmativas ou negativas, mas o importante é o debate.

É neste sentido que digo: “não acredite em tudo o que eu falo”.

Isso quer dizer que estou mentindo? Claro que não. Quer dizer simplesmente que você tem a obrigação de, ao me ouvir (ou ler), se inteirar. Me escute e analise, pesquise, aprofunde-se e concorde, discorde, acresça ou tolha.

Sejam bem vindos.

Um comentário:

  1. Olha que eu vou levar o título ao pé da letra, hein... (rsrsrs - brincadeirinha, não sou fundamentalista...)
    Acho que é por aí sim. Quando eu era coordenador de Crisma eu percebia uma coisa nitidamente: os crismandos que aceitavam tudo "de primeira" (sem questionar) também não perseveraram muito tempo. Os que mais perseveraram foram os que mais questionavam e tinham suas perguntas respondidas ou buscavam estas respostas, ou seja, não se satisfaziam simplesmente com o que era passado - faziam uma análise crítica.
    Ah, o blog da Comunidade Filhos da Redenção, embora em construção inicial, já está lhe seguindo (filhosdaredencao.blogspot.com)

    Um abraço

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